Amyr Klink critica setor portuário brasileiro
O navegador palestrou em comemoração aos 30 anos de travessia inédita pelo Atlântico
A comemoração pelos 30 anos da aventura náutica de Amir Klink – que viajou da Namíbia para a Bahia numa travessia a remo – começou hoje, dia 2, com uma palestra do navegador, que fez críticas ao setor portuário brasileiro. Segundo ele, faltam investimentos para desenvolver o privado, principalmente quanto aos fretamentos. “Somente o Rio de Janeiro poderia lucrar facilmente R$ 20 bilhões com esta atividade, mas não existem projetos de reestruturação e readequação portuária”, disse.
Ele usou como comparativo o porto de Palma de Maiorca, na Espanha, que “lucra aproximadamente R$ 14 bilhões por ano”. Além disso, Klink afirmou que o segmento não oferece uma boa experiência aplicada nos cursos de engenharia naval, como o da USP, onde estudou. “Acho o ensino pobre”, avaliou.
O evento, que aconteceu no shopping Higienópolis, em São Paulo (SP), abre as atividades comemorativas da travessia, que até hoje não foi repetida por outro navegador. A programação ainda vai apresentar, a partir do dia 8, uma mostra no Conjunto Nacional com fotos das principais expedições de Klink.
De acordo com o vice-presidente de vendas e marketing da Avianca, Tarcisio Gargioni, a história de Amir Klink serve como um exemplo para a juventude. Apoiadora do projeto, a companhia disse que “a coragem e determinação do navegador são uma inspiração para todos”.
Travessia
A viagem de Klink durou aproximadamente três meses. Ele partiu da Namíbia, na África, para a Bahia, numa aventura que custou quase 10 horas de remadas diárias e 25kg a menos ao final do trajeto. “Foram dois anos de preparação e, desde então, me dedico a atividades náuticas”.
por: Rafael Lima
Fonte: Jornal Brasilturis
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